terça-feira, 10 de agosto de 2010

RECOMEÇAR


Paulo Roberto Gaefke
(não é de Carlos Drummond de Andrade)
 
Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...
Chorou muito?
foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...
Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a
pintar... desenhar... dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.
Tá se sentindo sozinho? besteira...
tem tanta gente que você afastou com
o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.
Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...

Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e
principalmente lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
jogar fora tudo que te prende ao passado...
ao mundinho de coisas tristes...
fotos... peças de roupa, papel de bala...
ingressos de cinema... bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...

jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas
e muitas vezes... afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desejo para você:



Que seu caminhar seja cheio de encantos,
que possa fazer dos seus sonhos algo real e palpável.
Que seu caminhar seja sem obstáculos,
para que possa seguir confiante em busca de seus ideais.
Que seu caminhar seja firme, na vontade e capacidade de conquistar
novos amigos e conservar os antigos.

Pois só os amigos agem em seu caminhar, como pequenos querubins
sempre companheiros e protetores.

Para que, em cada caminhada, você possa encontrar a mais prodigiosa
conquista - a felicidade e o calor da amizade!

Fresno - Alguém Que Te Faz Sorrir

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AMOR DE VERDADE

Martin era um sapateiro em uma vila pequena.
     Desde que morreu a esposa e os filhos, ele se tornou triste.
     Um dia, um homem sábio lhe falou que ele deveria ler os evangelhos porque lá ele descobriria como Deus gostaria que ele vivesse.
     Martin passou a ler os evangelhos. Certo dia leu a narrativa do evangelho de Lucas do banquete em casa do rico fariseu que recebeu Jesus em sua casa, mas não providenciou água para os pés, nem ungiu a cabeça de Jesus, nem o beijou.
     Naquela noite, Martin foi dormir pensando em como ele receberia Jesus, se ele viesse a sua casa. De repente, acordou sobressaltado com uma voz que lhe dizia:
    "- Martin! Olha para a rua amanhã, pois eu virei."
    Logo cedo, o sapateiro acendeu o fogo e preparou sua sopa de repolho e seu mingau. Começou a trabalhar e se sentou junto à janela para melhor ver a rua. Pensando na noite da véspera, mais olhava a rua do que trabalhava.
        Passou um porteiro de casa, um carregador de água. Depois uma mulher com sapatos de camponesa, com um bebê ao colo. Ela estava vestida com roupas pobres, leves e velhas. Segurando o bebê junto ao corpo, buscava protegê-lo do vento frio que soprava forte. Martin convidou-a a entrar e lhe serviu sopa.
        Enquanto comia, ela contou sua vida. Seu marido era soldado. Estava longe há oito meses. Ela já vendera tudo o que tinha e acabara de empenhar seu xale.
        Martin buscou um casaco grosso e pesado e envolveu a mulher e o filho. Depois de alimentados e agasalhados, eles se foram, não sem antes Martin deixar na mão da pobre mãe umas moedas para que ela pudesse tirar o xale do penhor.
        Quando um velho que trabalhava na rua, limpando a neve da frente das casas, parou para descansar, encostado à parede da sua oficina e lar, Martin o convidou a entrar. Serviu-lhe chá quente e lhe falou da sua espera. Ele aguardava Jesus. O velho homem foi embora, reconfortado no corpo e na alma e Martin voltou a costurar uma botina.
        O dia acabou. E quando ele não podia mais ver para passar a agulha pelos furos do couro, juntou suas ferramentas, varreu o chão e colocou o lampião sobre a mesa. Buscou o Evangelho e o abriu. Então, ouvindo passos, ele olhou em volta. Uma voz sussurrou:
        "-Martin, você não me conhece?"
        "-Quem é?", perguntou o sapateiro.
   
      "-Sou eu" disse a voz. E num canto da sala, apareceu a mulher com o bebê ao colo. Ela sorriu, o bebê também e então desapareceram.
        "-Sou eu" tornou a falar a voz. Em outro canto apareceu o velho homem. Sorriu. E desapareceu.
        A alma de Martin se alegrou. Ele começou a ler o evangelho onde estava aberto:
        "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era hóspede, e me recolhestes." No fim da página, ele leu: "quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes."
        E Martin compreendeu que o Cristo tinha ido a ele naquele dia, e que ele o recebera bem.