quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

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A inveja corrói corações

O mau sentimento germina onde a semente do amor não foi semeada
Estamos sempre aprendendo alguma coisa em nossas convivências. Fazemos a cada dia uma nova experiência no laboratório de nossos relacionamentos. Seja dentro da família ou em outras esferas sociais, vivemos situações de desconfiança, de raiva, de ingratidão, de ciúme...e, entre tantas outras, estamos sujeitos a deparar com a inveja. Independentemente do grau de parentesco, esse mal pode também encontrar oportunidades para se instalar em todos os nossos relacionamentos. Há pessoas que aparentam não trazer esse sentimento até o momento em que o seu profissionalismo não é ofuscado ou a sua situação de vida continue sendo superior.
A manifestação desse mal, muitas vezes, pode nos confundir com um outro, que também provoca instabilidade dentro das relações: o ciúme! São sentimentos muito próximos, contudo, o ciúme acontece quando nos preocupamos em perder aquilo que temos, seja o amor de uma pessoa, um bem ou uma posição social. No caso da inveja, a pessoa cobiça o objeto de conquista do amigo, do irmão, vizinho, etc. E nem sempre essa avidez pode significar um bem material. Às vezes, esse sentimento se manifesta quando o invejoso percebe a maneira como alguém se veste, as amizades que alguém possa ter, a qualidade do entrosamento entre um casal, a harmonia dentro de uma família, passando por outros inúmeros exemplos de coisas materiais.
O sentimento de inveja incomoda e corrói a autoestima da pessoa que carece das coisas que, na vida do outro, parecem acontecer com maior facilidade. E por não conseguir alcançar seus objetivos ou ser reconhecida naquilo que foi o sucesso do amigo, a pessoa invejosa se recusa a celebrar a conquista daquele que, na alegria, veio partilhar suas vitórias. Tomada por um “mix” de sentimento, que vai do ciúme à inveja, passando pelo orgulho, a pessoa tomada por esse sentimento não consegue comemorar a alegria do outro sem ocultar o seu desdém.

Tudo aquilo que se referir à pessoa bem-sucedida, o invejoso terá alguma coisa para contradizê-la, na intenção de desviar o foco da conversa ou ofuscar a imagem dela com comentários ácidos. Como pecado capital, essa fraqueza se desdobra em outros sentimentos; multiplicando-se em manifestações de ingratidão, raiva e destrato por alguém que nada lhe fez nem lhe causou prejuízo algum.

É bom que se saiba que nada se consegue sem esforço e nenhuma conquista é atribuída ao acaso. Se alguém recebe elogios ou se destaca no local de trabalho, tudo isso é resultado de muito trabalho e dedicação, por meio dos quais o “vitorioso” colhe os frutos da sua competência na realização de seus planos.

Na verdade, a inveja é o resultado da falta de empenho de alguém na realização de suas próprias metas. Como todos os outros sentimentos daninhos, se não buscarmos a correção para esse mal, vamos colocar a perder relacionamentos de anos de conivência.

Lembremos que todo mau sentimento germina onde a semente do amor não foi semeada. Esforcemo-nos na erradicação dos sentimentos nocivos, aplicando-nos na vivência do amor, temperando nossos laços afetivos.

Quem ama se faz um com aqueles que se rejubilam e solidários com os que sofrem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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O poder da palavra

A palavra tem o poder de fazer uma pessoa recuperar a alegria
Queria falar para você sobre o poder da palavra. Há palavras de amor, como: "Seja bem-vindo", "Estava com saudade", "Te amo tanto!", "Que bom que você está aqui"... Com as quais nos exercitamos no cotidiano. São pequenas palavras de amor, mas que têm um poder de fazer as pessoas melhores.

E como os jovens e as crianças estão carentes de palavras de amor! Os filhos aprendem com os pais a utilizá-las, com a pessoa que trabalha em suas casas, por meio das gentilezas. A palavra tem o poder de fazer uma pessoa acreditar nela mesma e a faz recuperar a alegria.

Há também palavras de desamor. A palavra pode ser um veneno que traga maldição para a vida das pessoas. Essa palavra que tem poder quando utilizada com amor, também destrói quando é usada com desamor; pois podemos dizer coisas que destroem as pessoas. Há palavras de desamor como: “Você não!”, “Você não serve para nada!”, “Não te perdôo!”, “Eu te odeio!”...

Outro tipo de palavra é a da indiferença, que não é nem palavra de amor e nem desamor. Como, por exemplo, se você trabalhar em um consultório médico e as pessoas chegarem preocupadas e você ser indiferente com elas. Cristão não pode ser indiferente! Esse é o mal do século, porque as pessoas estão transformando tudo em “Eu”; “Tudo é para mim!”...

Não existe filho de Deus de segunda categoria; você é filho de Deus de primeira categoria! Você não é pequeno nem incapaz, mesmo algumas que pessoas tenham dito palavras de desamor para você. Todos nós somos carentes e não precisamos de palavras de desamor, precisamos é de palavras de amor!

Deus nos cerca com palavras de amor. Por isso, não use palavras de desamor e de indiferença. Permita-se ser um espelho de amor. Transborde amor, com gestos e palavras! Mas para isso você precisa sentir o amor maior, que é o Amor de Deus.

Falando sobre o poder da palavra, pegando esse mesmo conceito palavra de “amor”, de “desamor” e de “indiferença”, um grego diz que devemos atentar para as seguintes palavras antes dizer algo, elas são:

- Credibilidade: se eu for um mentiroso as pessoas não vão acreditar em mim. Nós não devemos mentir para ter credibilidade.

- Fragilidade: quando uso palavras de amor para chegar ao ponto fraco do outro. Todos nós temos um ponto fraco, ou seja, o nosso lugar frágil. Jamais podemos fazer do ponto fraco do outro motivo de humilhação, pois tudo que humilha o outro não edifica.

- Razão: é se preparar para levar a palavra, ter discernimento para saber o que a pessoa precisa ouvir. Pense um pouco na palavra de desamor que você profere: “Não gosto de gente assim”, “Você não me agrada”, “Saia daqui!”, “Eu te odeio!”...

Hoje peça aos anjos para retirar de você todas essas palavras [negativas], e tome mais cuidado com o que você fala.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Como controlar nossos desejos!?

Se a tentação vem...
Há poucos dias atrás ouvi um trecho de uma palestra do Pe. Léo em que ele falava sobre os desejos e vontades. Resumidamente ele dizia que o desejo é algo passageiro, que dura no máximo alguns poucos minutos e se não o alimentarmos a vontade não sobrevém. Dizia ele que, ao descobrir esta realidade ficou muito mais fácil deixar o vício do cigarro do qual ele sofria há alguns anos atráz.

Isto é uma tremenda revelação, vai me ajudar muito no caminho de santidade, tenho certeza. Se a tentação vem, basta resistir por alguns minutos, não alimentando-a e ela nos deixa.

Essas palavras do Pe. Léo ficaram remoendo em meu coração. Quando isto acontece é porque Deus tem mais a nos dizer a respeito.

Até que "caiu a ficha"!

Temos um profundo desejo de amar o próximo como a nós mesmos, é o segundo mandamento que Jesus nos deu. Porque será que temos este desejo, mas na maioria das vezes não conseguimos concretizá-los?

É por que a nossa vontade é pequena!

É por que não alimentamos este nosso desejo!

E como alimentar este desejo?

Dando passos concretos, fazendo gestos de amor e de carinho com os irmãos, mesmo que isso vá contra nossa timidez, respeito humano ou mesmo comodismo.

Se temos o desejo de amar, precisamos alimentá-lo, para que nossa vontade aconteça e assim realizemos as obras de Deus. Precisamos agir desta forma principalmente nos pequenos acontecimentos do dia-a-dia.

Vamos matar de fome nossos desejos da carne para que não pequemos e darmos uma superalimentação para os desejos de amar (no sentido mais puro da palavra), para que o mundo se torne melhor apatir de nós!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

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Fofocas

A fofoca, na verdade, revela a fraca auto-estima de quem a provoca
É muito difícil manter a paz e a serenidade até descobrirmos a paz inquieta. Ela é exatamente o contrário da apatia: provoca-nos as mudanças necessárias e nos ajuda a aceitar o que não pode ser mudado.
Infelizmente, o mundo parece não gostar das coisas boas. Prova disso é o amplo espaço que dá às coisas negativas. Existe uma sede muito grande de fofoca no coração de muitas pessoas. São os “urubus” sociais. Ficam à espera de algo negativo para poder alardear. Mentiras, fofocas, calúnias... e isso gera um pessimismo de vida, um negativismo constante. Com isso, as pessoas não sabem mais sorrir. Vivem criticando e se lamentando... Acho que aqui se encontra uma das grandes causas da maioria das doenças.

Sabemos que existe uma causa para tudo isso. As pessoas que vivem para falar mal das outras, na verdade, estão querendo se esconder por trás de tudo isso. Com medo de que se descubram o quanto são infelizes e frustradas, elas procuram comentar a vida alheia esperando que suas carências e frustrações passem despercebidas. São doentes sociais, não aprenderam a saborear a vida. São carentes e mal amados e além disso têm medo de buscar auxílio. A fofoca, na verdade, esconde sentimentos negativos plantados no coração dessas pessoas.

Muitos nunca descobrirão essa paz inquieta porque são especialistas em criticar os outros. São aqueles que estão sempre atentos para descobrir o erro alheio e mais prontos ainda para alardear estes erros aos quatros ventos... O pior crítico é aquele que, inconscientemente, é o maior crítico de si mesmo. O processo funciona mais ou menos assim: uma pessoa, por ser incapaz de atingir seu padrão pessoal, devido à fraca auto-estima, conseqüentemente não admite que ninguém atinja padrão algum. A verdade é que ela sente prazer em provar que os outros são de fato tão deficientes e ruins quanto ela em seu próprio conceito.

O tempo é o senhor da razão. Se as críticas são mesmo injustas, com o tempo as pessoas acabam descobrindo isso por si mesmas. Quem tem coração tranqüilo e paz inquieta não precisa se preocupar com a autodefesa. Os que conhecem realmente a pessoa estarão sempre prontos a defendê-la.
A paz inquieta não se consegue por meio de brigas, discussões, ações penais, autodefesa e tantos outros caminhos que as pessoas nos sugerem. A paz inquieta é fruto de um coração sereno. Ela nos vem pela graça de Deus e pela humildade.

Humildade não é sinônimo de apatia e roupas velhas ou surradas, é uma atitude de vida, é saber quem somos. Conhecer nossos defeitos, limitações e trabalhar para mudar o que pode ser mudado. Isso exige um coração curado. Pela cura interior, o Espírito Santo molda nosso coração, tornando-o semelhante ao coração de Jesus Cristo. É um processo lento e progressivo. Exige que sempre fiquemos atentos às moções do Espírito, e que sempre procuremos nos alimentar com a Palavra de Deus e com os sacramentos que o Espírito presenteou à Igreja, especialmente os sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação.

A cura interior nos ensina que viver é como nadar contra a corrente. Não podemos parar nunca. Por isso precisamos sempre ter objetivos bem definidos para a nossa vida. Quem sabe para onde vai não se detém diante de críticas injustas. A cura interior nos ajuda também a discernir o valor da crítica positiva e construtiva. Ela nos revela que todos somos passíveis de erros e falhas e nos ajuda a aceitar tudo isso como um grande processo de amadurecimento.

Extraído do livro 'Seja feliz todos os dias' de Pe. Léo, Editora Canção Nova

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Carta do Papa João Paulo ll aos jovens:
"Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças socias.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos".

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A máquina de escrever...

Para quem não se sente importante...
Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla.

Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnça.
Às vxzxs, mx parxcx qux mxu grupo x como a minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funçõxs como dxviam, qux txm um mxmbro achando qux sua ausxncia não fará falta...

Vocx dirá: 'Afinal, sou apxnas uma pxça sxm xxprxssão x, por isso, não farxi difxrxnça x falta à comunidadx.' Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa x consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs.

Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x diga a si mxsmo: 'Xu sou uma pxça importantx do grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrviços!'

Pronto, agora consertei a minha máquina de escrever.
Você entendeu o que eu queria te dizer?
Percebeu a sua imensa participação na vida daqueles ao seu redor? Percebeu o quanto você é importante para a Canção Nova? Percebeu que assim como tem pessoas que são importantes para nós, também, somos importantes para alguém?

Acho que não é necessário falar mais. Você entendeu a importância de sua colaboração para a Canção Nova!

Faça hoje mesmo a sua contribuição. No portal cancaonova.com estão disponíveis todas as informações necessárias do Clube do Ouvinte para você se associar e contribuir.
Evangelizar custa o que você pode! O que você não pode é deixar de ajudar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Criança e Mídia

As crianças preferem assistir as novelas e filmes
A partir dos sete anos, as crianças preferem assistir a novelas e filmes para adultos em vez de programas infantis na TV, que é seu meio de comunicação preferido, apesar da crescente difusão da Internet e dos jogos eletrônicos.

A conclusão consta do livro 'Perspectivas sobre a Criança e Mídia', lançado ontem no Brasil por iniciativa conjunta do Ministério da Justiça e da Unesco. Segundo a Obra, isso ocorre, em parte, porque falta conversa entre pais e filhos sobre o que se deve ou não ver na TV, sem falar na ausência de um controle mais rigoroso por parte dos pais.

A distância que tem sido gerada entre pais e filhos, em função das diversas necessidades que segundo os padrões da sociedade, torna-se indispensáveis; está levando nossos filhos a um amadurecimento precoce e, sobretudo, a uma formação moral muitas vezes avessa àquelas vivida pelos pais.

Esse quadro é mais grave nos países industrializados, onde as crianças costumam ter seu próprio aparelho de televisão e os pais passam boa parte do dia fora de casa, trabalhando. Mesmo que não seja totalmente eficiente falta ainda uma regulamentação no que se refere aos conteúdos da programação infantil.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Isso não é problema MEU!


Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía' (At 4,32)

Com frequência ouvimos as expressões: “isso é problema teu”, “ela que se vire”, “eu vou ficar na minha”, “cada um por si e Deus por todos”. Podem até ser frases comuns, nas quais não vemos muito sentido, contudo, se olharmos em maior profundidade, veremos que falam fortemente do espírito presente em nossa sociedade e, o que é pior, no seio das comunidades cristãs.

O Projeto Ser Igreja no Novo Milênio (SINM), assumido pela Igreja no Brasil, convida a olharmos para os primeiros cristãos e resgatar a vivência mais genuína do cristianismo. Testemunhos mostram que muitas comunidades e grupos estão se revigorando a partir do estudo dos Atos dos Apóstolos.

E é justamente no retrato das comunidades de Atos que está presente uma prática cristã que contrasta frontalmente com este espírito individualista vigente. Lá se lê que 'A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum' (At 4,32).

Pode até ser um retrato ideal, um sonho de Igreja jamais existente na prática, como afirmam alguns, todavia, penetrando um pouco mais o olhar veremos que sem esse espírito de doação e partilha dificilmente existe vida comunitária e seguimento autêntico a Jesus Cristo. Para comprovar isso, pensemos nas comunidades e grupos dos quais já participamos ou estamos participando. Olhemos o número dos batizados e o número daqueles que vão às celebrações aos finais de semana e em contrapartida, pensemos também no engajamento concreto das pessoas nos diversos serviços da comunidade, ou mesmo em outros grupos sociais, na gratuidade e partilha nas suas relações diárias dentro e fora da comunidade.
Quantas reações nada evangélicas da grande maioria ao ser convidada para servir nalguma atividade da comunidade, quanta falta de comprometimento com as reais necessidades dos irmãos e irmãs. A falta de tempo é alegada para esconder, às vezes, uma profunda ausência de espírito comunitário, um “considerar exclusivamente seu” o que possui.

Lideranças, sacerdotes e outras pessoas que animam mais diretamente as comunidades, falam do crescimento desse espírito anti-cristão nas comunidades, fazendo com que as atitudes de generosidade, partilha, serviço, tão características da fé cristã, sejam minadas pelo individualismo presente em toda parte na sociedade, até no ar que respiramos. Tal constatação pode até parecer muito negativa, ou ser vista como incapacidade de ver tanta coisa bonita que está acontecendo nas comunidades. É bom ressaltar que tudo isso não está sendo negado ou ignorado. Porém, é urgente refletir e perceber que esse espírito, tal qual um veneno mortífero, está presente nas nossas relações comunitárias e se não nos dermos conta, pode acabar com a verdadeira vivência do cristianismo.

Vale dizer que não se trata apenas de partilha material – embora isso seja imprescindível para o andamento da evangelização –, mas de uma orientação interior da própria vida a exemplo de Jesus. Ele passou pela vida fazendo o bem, totalmente voltado para os outros. Sua vida pode ser resumida como partilha, porque tudo o que era e possuía estava voltado para as necessidades das pessoas e não de si mesmo. Em suas relações, em seu encontro com as pessoas, deixava sempre algo de si e era capaz de abrir-se para receber delas também.

Sinal mais contundente desse espírito de partilha é a multiplicação dos pães, narrada pelos quatro evangelistas e o dom total de si mesmo na Eucaristia e na cruz. Jesus entregou-se todo, por inteiro, e até hoje continua a entregar-se, totalmente disponível para que tenhamos vida. E vida em abundância.

O livro dos Atos narra em diversas passagens a atitude nova que a Palavra suscita nas pessoas, levando-as à partilha dos bens e dos dons e isso era a verdadeira novidade da vida cristã, que encantava e questionava as pessoas daquela época. Não se tratava de um testemunho vazio, de belas palavras sobre um homem que vencera a morte. Tratava-se de uma nova prática emanada de uma pessoa viva – Jesus Ressuscitado – e isso enchia a vida de um sentido novo, não se podendo mais viver sem ser como Ele foi, sem fazer como Ele fez. Por trás do “não considerava exclusivamente seu o que possuía”, está a prática genuína do jeito de Jesus que desafia: “quem quiser salvar sua vida vai perdê-la, mas quem perder sua vida por causa de mim, vai ganhá-la” (cf. Mc 8,35) e ainda: “o que adianta ganhar o mundo todo se vier a perder a sua vida?” (cf. Mc 8,36).

Não é isso que se comprova olhando a vida de tantas comunidades e pessoas? Quanto mais voltados para si mesmas, quanto menos partilham, quanto menos se interessam pelos outros, mais tristeza, mais falta de sentido, mais stress e depressão. Por outro lado, quanto maior a partilha, o envolvimento com os que sofrem, quanto mais doação de vida, mais alegria, mais força e sentido para viver, comprovando o que dizia o que dizia Paulo: 'há maior alegria em dar do que em receber' (At 20,35).

Portanto, voltar ao espírito das primeiras comunidades é mais do que necessário hoje. É encontrar, de novo, o antivírus capaz de deter o individualismo, negação do cristianismo que tem movido as relações das pessoas em comunidade e sociedade, é deixar-nos converter mais uma vez pela genuinidade do Espírito do Ressuscitado e ser verdadeiramente felizes.

domingo, 17 de janeiro de 2010

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Juventude: presente e futuro

Diversas razões impulsionam esses jovens a arregaçar as mangas
Após vermos a alegria contagiante dos 40 mil jovens presentes ao encontro com o Papa Bento XVI, realizado no último dia 10 de maio, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, reafirmamos nossa crença de que a juventude não é apenas sinônimo de futuro. Há tempos ela é símbolo máximo do presente, permeado pela garra que norteia suas ações. Nos quatro cantos do planeta, o que vemos são jovens se articulando, se reunindo, formando grupos, colaborando para a elaboração e execução de programas de apoio às comunidades economicamente desfavorecidas. Muitos, inclusive, são fruto dessas mesmas comunidades e, desde cedo, se organizam para torná-las melhores por meio de sua participação em projetos sociais – em sua maioria direcionados às áreas de educação, saúde e criação de mecanismos contra a violência.

Diversas são as razões que impulsionam esses jovens a, literalmente, arregaçar as mangas. Uma delas é a mudança significativa de postura exigida pela dinâmica acelerada que caracteriza o final do século 20 e o início do século 21, no qual estão inseridos. O chamado protagonismo juvenil é um sinal evidente deste novo tempo em que vivenciamos – como nunca – o debate sobre temas e conceitos como cidadania, meio ambiente, desenvolvimento, igualdade. O dinamismo e a consciência juvenis, entretanto, são aspectos positivos de um cenário muito mais complexo e abrangente, composto pela realidade dura que esses jovens vêm enfrentando nos cinco continentes. Dados do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), informam que atualmente milhões de jovens são ameaçados pela pobreza, pelo analfabetismo, por riscos associados à gravidez e ao parto, e ao HIV/AIDS.

Alguns números são alarmantes e apontam que, hoje, mais de 500 milhões de pessoas com idade entre 15 e 24 anos vivem com menos de dois dólares por dia. Em paralelo, 96 milhões de mulheres jovens nos países em desenvolvimento não sabem ler ou escrever e 14 milhões de adolescentes do sexo feminino entre 15 e 19 anos de idade se tornam mães a cada ano. O estudo traz, ainda, outro número dramático: todos os dias, seis mil jovens são infectados pelo HIV.

De acordo com declaração da diretora-executiva do UNFPA, Thoraya Ahmed Obaid, publicada em 11 de julho de 2006, estes desafios estão no cerne dos objetivos estabelecidos por líderes mundiais para reduzir a pobreza e melhorar a saúde e o bem-estar globalmente. Na opinião de Thoraya, “Está claro que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio não serão alcançados a não ser que as pessoas jovens sejam ativamente envolvidas na elaboração de políticas e programas, que suas vozes sejam ouvidas, suas necessidades atendidas e seus direitos humanos respeitados”.

Em paralelo, aqui no Brasil, todos os dias os jovens têm nos concedido lições espetaculares de superação de limites. Seja protagonizando ações sociais, seja lutando para realizar seus próprios sonhos. Basta que tenham uma oportunidade. É o caso dos integrantes da Orquestra Sinfônica de Heliopólis, maior favela da capital paulista. Formada, em sua maioria, por jovens que moram nesse local, a orquestra se apresentou para o Papa Bento XVI e também para centenas de bispos na Catedral da Sé, com um repertório 100% nacional de música sacra brasileira.

Escolhemos apenas um exemplo para ilustrar o potencial gigantesco de milhões de jovens espalhados por todo o mundo. É preciso que estejamos atentos às suas necessidades, lembrando, sempre, que por trás de cada uma delas está um verdadeiro universo de potencialidades e talentos. Que possamos aprender com eles a olhar o mundo com os olhos da esperança, trabalhando, todos os dias, para transformá-lo em um lugar melhor.
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O caminho da reconciliação

Perdoar é experimentar um pouco de Deus
Pregar a reconciliação num mundo como o nosso, onde o rancor e a vingança vão ganhando espaço nos corações, é uma grande e difícil tarefa! Na maioria das vezes o gosto é amargo, mas não é impossível!

Reconciliação significa realizar um acordo entre as partes numa comum unidade e entendimento.
Porém, o verbo grego tem uma força de expressão maior: indica a passagem de um estado para outro.

Apresento aqui duas formas de reconciliação: Com Deus e com os irmãos (pai, mãe, filhos, amigos, cônjuges, vizinhos…). A reconciliação com Deus é sempre necessária e urgente. Reconciliar-se com o Senhor, deixar-se fazer novamente amigo d'Ele! Experimentar a misericórdia de d'Ele, deixar que Ele exercite em mim a Sua misericórdia!

Na verdade, todos nós necessitamos de misericórdia. Necessitamos dela por causa das nossas grandes responsabilidades, assim como por causa da nossa fraqueza e miséria moral. Mal podemos dar três passos sem errar algum.

Aprendamos a usar o caminho privilegiado da reconciliação, que é o sacramento da confissão, como sinal sagrado instituído por Cristo para perdoar os pecados mortais e para incrementar a graça santificante.

Também podemos falar a Deus, quando nosso coração está pesado e sem motivação; quando estamos tristes ou preocupados. São atos simples, que podem ser feitos em qualquer lugar e que mantêm a nossa alma orientada para o Senhor. Eles nos preparam para uma boa e sincera recepção do sacramento da Penitência.

A reconciliação com nossos irmãos é essencial. É a oração do Pai-Nosso: “Perdoai-nos assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Com certeza, não haveria verdadeira reconciliação com Deus se não houvesse um perdão sincero pelas faltas dos nossos próximos. Olhando para a Parábola do Filho Pródigo (cf. Lc 15, 1ss), a atitude do filho mais velho é altamente significativa. Ele também tinha necessidade de se reconciliar com o coração de seu pai. Apesar de estar fisicamente próximo, espiritualmente estava muito longe e precisava da misericórdia do Pai.

Podemos dizer que o filho mais velho descobre a misericórdia do Pai vendo a misericórdia deste para com seu irmão. Faz-se, por assim dizer, participante da misericórdia do Pai.

Se hoje você enfrenta esse grande desafio interior de perdoar, creia e dê o passo. Perdoar e se reconciliar é experimentar um pouco de Deus! Sentir o gosto bom da presença d'Ele em nós! É a sensação de vitória, de bem-estar por ter vencido um obstáculo…É vivência de uma obra nova dentro de nós!

Tenha a disposição interior de perdoar e depois disso, dê um passo, faça um gesto concreto.

Perdoar é libertação para o coração, para a alma. Não tenha medo!

sábado, 16 de janeiro de 2010

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Como você corrige as pessoas?

Lembre-se de que lidamos com pessoas e não com gado
Como você corrige seu filho, seu esposo, sua esposa, seu empregado, seu colega, seu subordinado de modo geral? É um dever e uma necessidade corrigir aqueles a quem amamos, mas isso precisa ser feito de maneira correta. Toda autoridade vem de Deus e em Seu nome deve ser exercida; por isso, com muito jeito e cautela.

Não é fácil corrigir uma pessoa que erra; apontar o dedo para alguém e dizer-lhe: "Você errou!", dói no ego da pessoa; e se a correção não for feita de modo correto pode gerar efeito contrário. Se esta for feita inadequadamente pode piorar o estado da pessoa e gerar nela humilhação e revolta. Nunca se pode, por exemplo, corrigir alguém na frente de outras pessoas, isso a deixa humilhada, ofendida e, muitas vezes, com ódio de quem a corrigiu. E, lamentavelmente, isso é muito comum, especialmente por parte de pessoas que têm um temperamento intempestivo (“pavio curto”) e que agem de maneira impulsiva. Essas pessoas precisam tomar muito cuidado, porque, às vezes, querendo queimar etapas, acabam queimando pessoas. Ofendem a muitos.

Quem erra precisa ser corrigido, para seu bem, mas com elegância e amor. Há pais que subestimam os filhos, os tratam com desdém, desprezo. Alguns, ao corrigi-los, o fazem com grosseria, palavras ofensivas e marcantes. O pior de tudo é quando chamam a atenção dos filhos na presença de outras pessoas, irmãos ou amigos, até do (a) namorado (a). Isso o (a) humilha e o (a) faz odiar o pai e a mãe. Como é que esse (a) filho (a), depois, vai ouvir os conselhos desses pais? O mesmo se dá com quem corrige um empregado ou subordinado na frente dos outros. É um desastre humano!

Gostaria de apontar aqui três exigências para corrigir bem uma pessoa:

1 – Nunca corrigir na frente dos outros. Ao corrigir alguém, deve-se chamá-lo a sós, fechar a porta da sala ou do quarto, e conversar com firmeza, mas com polidez, sem gritos, ofensas e ameaças, pois este não é o caminho do amor. Não se pode humilhar a pessoa. Mesmo a criança pequena deve ser corrigida a sós para que não se sinta humilhada na frente dos irmãos ou amigos. Se for adulto, isso é mais importante ainda. Como é lamentável os pais ou patrões que gritam corrigindo seus filhos ou empregados na frente dos outros! Escolha um lugar adequado para corrigir a pessoa.

Gostaria de lembrar que a Igreja, como boa Mãe, garante a nós o sigilo da Confissão, de maneira extrema. Se o sacerdote revelar nosso pecado a alguém, ele pode ser punido com a pena máxima que a instituição criada por Cristo pode aplicar: a excomunhão. Isso para proteger a nossa intimidade e não permitir que a revelação de nossos erros nos humilhe. E nós? Como fazemos com os outros? Só o fato de você dar a privacidade à pessoa a ser corrigida, ao chamá-la a sós, ela já estará mais bem preparada para a correção a receber, sem odiá-lo.

2 – Escolha o momento certo. Não se pode chamar a atenção de alguém no momento em que a pessoa errada está cansada, nervosa ou indisposta. Espere o melhor momento, quando ela estiver calma. Os impulsivos e coléricos precisam se policiar muito nestes momentos porque provocam tragédias no relacionamento. Com o sangue quente derramam a bílis – às vezes mesmo com palavras suaves – sobre aquele que errou e provocam no interior deste uma ferida difícil de cicatrizar. Pessoas assim acabam ficando malvistas no seu meio. Pais e patrões não podem corrigir os filhos e subordinados dessa forma, gritando e ofendendo por causa do sangue quente. Espere, se eduque, conte até 10 dez, vá para fora, saia por um tempo da presença do que errou; não se lance afoito sobre o celular para o repreender “agora”. Repito: a correção não pode deixar de ser feita; a punição pode ser dada, mas tudo com jeito, com galhardia. Estamos tratando com gente e não com gado.

3 – Use palavras corretas. Às vezes, um "sim" dito de maneira errada é pior do que um "não" dito com jeito. Antes de corrigir alguém, saiba ouvi-lo no que errou; dê-lhe o direito de expor com detalhes e com tempo o que fez de errado, e por que fez aquilo errado. É comum que o pai, o patrão, o amigo, o colega, precipitados, cometam um grave erro e injustiça com o outro. O problema não é a correção a aplicar, mas o jeito de falar, sem ofender, sem magoar, sem humilhar, sem ferir a alma.

Eu era professor em uma Faculdade, e um dos alunos veio me dizer que perdeu uma das provas e que não podia trazer atestado médico para justificar sua falta. Ter que fazer uma prova de segunda chamada, apenas para um aluno, me irritava. Então, eu lhe disse que não lhe daria outra prova. Quando ele insistiu, fui grosseiro com ele, até que ele pôde se explicar: “Professor, é que eu uso um olho de vidro, e no dia da sua prova o meu olho de vidro caiu na pia e se quebrou; por isso eu não pude fazer a prova”. Fiquei com “cara de tacho” e lhe pedi mil desculpas.

Nunca me esqueci de uma correção que o meu pai nos deu quando eu e meus oito irmãos éramos ainda pequenos. De vez em quando nós nos escondíamos para fumar escondidos dele. Nossa casa tinha um quintal grande e um pequeno quarto no fundo do quintal; lá a gente se reunia para fumar.

Um dia nosso pai nos pegou fumando; foi um desespero... Eu achei que ele fosse dar uma surra em cada um; mas não, me lembro exatamente até hoje, depois de quase cinquenta anos, a bela lição que ele nos deu. Lembro-me bem: nos reuniu no meio do quintal, em círculo, depois pediu que lhe déssemos um cigarro; ele o pegou, acendeu-o, deu uma tragada e soprou a fumaça na unha do dedo polegar, fazendo pressão, com a boca quase fechada. Em seguida, mostrou a cada um de nós a sua unha amarelada pela nicotina do cigarro. E começou perguntando: “Vocês sabem o que é isso, amarelo? É veneno; é nicotina; isso vai para o pulmão de vocês e faz muito mal para a saúde. É isso que vocês querem?”

Em seguida ele não disse mais nada; apenas disse que ele fumava quando era jovem, mas que deixou de fazê-lo para que nós não aprendêssemos algo errado com ele. Assim terminou a lição; não bateu em ninguém e não xingou ninguém; fomos embora. Hoje nenhum de meus irmãos fuma; e eu nunca me esqueci dessa lição. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, dizia que “o que não se pode fazer por amor, não deve ser feito de outro jeito, porque não dá resultado”.

E se você magoou alguém, corrigindo-o grosseiramente, peça perdão logo; é um dever de consciência.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

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É preciso aprender a ser feliz

O amor não nasce por geração espontânea e não morre de causas naturais
Criado à imagem e semelhança de Deus, que é amor, o ser humano nasceu para amar. Essa é sua vocação fundamental. Essa é a grande finalidade da existência humana. A partir dessa certeza absoluta, nasce uma premente necessidade: aprender a amar e a cuidar do amor. O amor não nasce por geração espontânea e não morre de causas naturais. A morte do amor é sempre conseqüência de um assassinato cometido pela negligência. O amor morre por eutanásia passiva, de tédio, porque não foi alimentado. Amor que não se alimenta não se renova.

O amor se aprende e, além disso, necessita de esforços, renúncias e sacrifícios. Para isso, é fundamental: começar sempre de novo, não ficar lembrando ofensas, ter respeito mútuo (fala, ação, gestos), dinamizar a vida conjugal, não discutir por bobagens, ter vida sexual saudável, educar a vontade: objetivo, determinação, persistência, ter senso de humor, superar os momentos difíceis, saber escutar, aprender a dialogar – adquirir a graça da comunicação, ter jogo de cintura, cortesia, tato, procurar agradar o outro, não viver num mundo de sonhos e de ideais angelicais, expulsar o pessimismo da vida e das palavras (críticas e acusações, opiniões pejorativas , danificar a imagem do outro, generalizações negativas, centralizar detalhes negativos e aumentá-los, antecipar- se no negativo...).

É preciso aprender a ser feliz. Amar é algo que ninguém nasce sabendo. Ninguém ama por geração espontânea. O amor verdadeiro exige aprendizado, treinamento, começo e recomeço. O lar cristão precisa ser uma escola onde se aprende a amar verdadeiramente. Esse aprendizado é impossível sem a vivência e a prática de uma espiritualidade conjugal encarnada. Espiritualidade conjugal é para ser vivida na carne, situada no tempo e no espaço. Podemos falar em espiritualidade conjugal exatamente porque foi o próprio Deus que, ao longo das páginas da Sagrada Escritura, se apropriou dessa imagem para expressar e manifestar seu infinito amor pela humanidade. O amor conjugal precisa ser anúncio explícito do amor apaixonado de Deus pela humanidade.

Não existe nenhum amor mais intenso e profundo do que o amor conjugal. O envolvimento amoroso de um casal é o mais pleno que existe, pois implica corpo, alma, coração, sentimentos, emoções, sangue e sonhos. Tudo isso porque Deus o fez instrumento de revelação do seu amor por nós.

A espiritualidade conjugal, e, como conseqüência, a espiritualidade familiar, tem a grande missão de ajudar o ser humano moderno a encontrar os caminhos para essa ajuda do Alto. A espiritualidade conjugal precisa ajudar no processo de compreensão e superação dos desafios modernos que se tornaram ameaças à fidelidade e à convivência. É preciso combater a cultura do provisório, compreender as diferenças entre homem e mulher, ajudar a criar estruturas de apoio à família, achar caminhos para vencer a idéia de que tudo é fácil, sem esforço, e que a vida pode ser vivida na superficialidade.

O cuidado pelo próprio amor deveria ser a mais importante missão de um casal cristão.
A escolha do amor

Pessoas que têm certezas absolutas erram mais

Todos os dias fazemos escolhas em nossas vidas. Algumas escolhas são simples; outras, mais complexas. Escolhemos a roupa, o sapato, a alimentação, o trajeto. Escolhemos a escola, o trabalho, as prioridades. Como não é possível resolver todos os problemas de uma única vez, vamos escolhendo aqueles que precisam ser solucionados antes. Escolhemos no supermercado, na loja, a forma de pagamento. Algumas escolhas simples ficam complicadas quando complicamos a vida. Fazer um almoço se torna um calvário para quem está angustiado. Ter de escolher o que fazer e que agrade às outras pessoas da família parece um trabalho insano.

Escolher a escola dos fihos. Escolher a mudança de emprego. Aos poucos as escolhas vão exigindo mais reflexão e o resultado da escolha vai ficando mais sério. Uma coisa é escolher a comida errada no cardápio e decidir que não vai pedir mais aquele prato. Outra coisa é perceber que casou com a pessoa errada. A escolha do casamento tem de ser mais demorada do que a do produto de uma prateleira em um supermercado.

Como somos imperfeitos, a dúvida sempre fará parte de nossas escolhas. E é diante da dúvida que amadurecemos. Pessoas que têm certezas absolutas erram mais e sofrem mais com isso.

A dúvida nos torna mais humildes, mais abertos ao diálogo. Nesses momentos é que percebemos nossa maturidade frente aos obstáculos. Os mais concretos ou os mais abstratos.

Neste início de ano, uma modesta sugestão:

Diante das dúvidas que surgirem, escolha o amor.

Diante de sentimentos mesquinhos, como a inveja, o ciúme, a vingança; escolha o amor. Antes de falar, pense. Mas pense com amor.

Antes de agredir, lembre-se de que o tempo da cicatriz é mais demorado do que o tempo do comedimento.

Antes de usar a palavra como instrumento de maldizer, lembre-se de que o silêncio é o grande amigo e de que, na dúvida, o outro deve receber a sua compaixão.

Diante do comodismo, da alienação, escolha o amor em ação. Assim fizeram os apóstolos, mesmo sabendo que seriam incompreendidos; assim fez Francisco de Assis quando ousou chamar a todos de irmãos; ou Dom Bosco com os jovens que só se aquietavam quando se sentiam amados. Assim fez Madre Tereza de Calcutá que fazia a escolha do amor diante de cada próximo que dela precisasse. Diante da boa dúvida, é bom pedir ajuda.

Para os irmãos e para Deus, a essência do Amor. Os desafios são muitos. É por isso que sozinho fica difícil. Como diz a canção: “Eu pensei que podia viver por mim mesmo. Eu pensei que as coisas do mundo não iriam me derrubar”.

E a oração continua e, com ela, nossa certeza: “Tudo é do Pai. Toda honra e toda glória. É Dele a vitória alcançada em minha vida”.

Que sejamos responsáveis em nossas escolhas simples ou mais complexas. Mais uma vez, com amor, tudo fica mais fácil e mais bonito!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

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Modismo

Ditadura que domina a cabeça das pessoas
Talvez você sofra e até se revolte contra a vida ou contra Deus porque não tem aquele corpinho de “top model”, ou aquele cabelinho como o da artista da novela; ou porque você é um rapaz que não tem aquela musculatura especial... Ou porque a sua estatura é baixa...

A mídia colocou na sua cabeça que o “mais importante” é ser bonito de corpo, esbelto, magro – segundo os “padrões de beleza” dos que ditam a moda para os outros. A propaganda colocou na sua mente uma grande mentira: se você não tiver aquela calça “da moda” ou aquela camisa “de marca”, então, você não poderá ser feliz.

O comercial de TV e as novelas lhe ensinaram uma coisa perversa: se você não for “sexy”, você não poderá ser feliz e não terá um(a) namorado(a), será rejeitado(a). Tudo isso é uma grande e malvada mentira. É o modismo que domina hoje o mundo e a cabeça das pessoas, impondo-lhes uma ditadura da moda.

Por causa desta “cultura do corpo”, que hoje ocupou o lugar da “cultura do espírito”, muitos jovens estão angustiados e até mesmo “escravizados”, porque não conseguem atingir este padrão de “beleza”. Não é sem razão que as pessoas estão vazias e, muitas, infelizmente, mergulhadas em grave depressão, tristeza e frustração.

Ora, saiba que se você construir a sua felicidade em cima desses valores, esta será efêmera, vai acabar muito cedo e deixar você no vazio.

A verdadeira beleza está na alma, no interior, é invisível aos olhos; ela só pode estar naquilo que não acaba, que o tempo não envelhece.

Deus seria injusto se a sua felicidade dependesse da cor da sua pele, ou do perfil do seu corpo, ou da ondulação do seu cabelo. Pois tudo isso é genético e você não pode mudar nada disso; já nasceu assim.

Quanto mais você tiver que lutar para construir a sua felicidade em cima de valores espirituais, tanto mais você será de fato um homem, uma mulher, como Deus quer e feliz. O tesouro que você recebeu de Deus é invisível aos olhos do corpo; e você só será feliz, de fato, se encontrá-lo.

Eu sei que é dificílimo hoje para você fugir desta onda de supervalorização do corpo, mas não se entregue a ela, senão se tornará um escravo, uma escrava, desse deus cruel, que está disposto a beber a sua vida.

Busque a sua liberdade, conquiste a sua dignidade. Levante-se!

O mundo o empurra nesta onda fortíssima, mas saiba que Deus não o valoriza pelo seu cabelo, nem pelo seu corpo, nem pela cor dos seus olhos ou da sua pele, tampouco pela sua roupa.

Deus o ama por aquilo que você é; e do jeito que você é. Diante de Deus você não é avaliado pelo que se vê. Por isso, atire para longe, já, este complexo inferior, olhe menos para o espelho, e olhe mais para a sua alma.

Cultive o saber, a sua fé, sua espiritualidade, seus amigos e amigas, sua família, seu trabalho, sua profissão e seu Deus, muito mais do que o seu corpo. Aprenda a gastar mais o seu tempo e seu dinheiro em coisas e atividades que façam você “crescer” naquilo que não passa e que o tempo não destrói.

Michel Quoist, um grande padre francês, dizia aos jovens que para ser belo é melhor parar “cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo, e quinze diante de Deus”. Não inverta esta ordem, para que você não fique de cabeça para baixo.

Embora seja bom ter um carro novo, saiba que não é o “carro do ano” que vai fazer você ter mais valor ou menos diante de Deus. O mais importante hoje é a roupa, a comida, o carro, a casa, as viagens, as festas, entre outros; em vez do “ser” mais e melhor.

É por isso que hoje temos edifícios altos, mas homens pequenos; estradas longas e largas, mas as almas são pequenas... As casas hoje são grandes, mas as famílias são pequenas... Temos muitos compromissos, mas pouco tempo... Gastamos muito e desfrutamos pouco... Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os valores humanos... Falamos muito, mas amamos pouco e odiamos demais... Fomos à Lua, mas ainda não atravessamos a rua para conhecer o vizinho... Temos mais conhecimentos, mas pouco discernimento... Temos muita pressa e pouca perfeição... Temos mais dinheiro, mas menos moral e menos paz... Temos mais bens, mas menos caráter... Temos casas mais lindas, porém, mais famílias destruídas... Conquistamos o espaço exterior, mas perdemos o espaço interior... Temos mais prazer, porém, menos alegria...

Se a beleza física fosse sinônimo de garantia de felicidade, não encontraríamos tantas artistas frustradas, buscando fugir das suas angústias nas drogas, muitas vezes. Quantas moças lindas já morreram numa overdose de cocaína! Se o dinheiro fosse sozinho garantia de felicidade, não encontraríamos tantos ricos angustiados e tantos ídolos que acabam com a própria vida no suicídio.

O grande filósofo francês Paul Claudel dizia que “o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”.

Construa a sua vida naquilo que os olhos não vêem, mas que é essencial: honra, saber, moral, caridade, bondade, mansidão, força de vontade, humildade, desapego, pureza, paciência, disponibilidade. Esses são valores que o põem verdadeiramente de pé! Seja uma pessoa de pé! Você é o rei do universo! De nada vale você ter um corpo de atleta ou de manequim se a sua alma está em frangalhos e o seu espírito geme sob o peso da matéria e da carne. Tudo talvez estará contra você neste desafio, mas Deus estará com você. E isso basta.

Não importa a beleza do seu corpo: a feiúra é dos homens.
Não importa o formato do seu nariz: o que importa é inspirar e expirar a fé.
Não importa a cor e o formato dos seus olhos, mas a inocência com que ele vê as coisas.
Não importa a fragilidade do seu corpo pouco atlético, mas a fortaleza espiritual do seu coração.
Não importa se você é gordo ou magro: importa que você, de qualquer jeito, é filho de Deus e templo do Espírito Santo.
Não importa se suas mãos são delicadas, negras ou brancas: importa que elas façam o bem e enxuguem as lágrimas dos que choram.
Não importa o tipo de cabelo que você tem sobre a sua cabeça, mas os pensamentos que existem dentro dela.
Não importa que as suas pernas não sejam belas e bem torneadas, mas que elas sejam ágeis para levá-lo a fazer o bem.
Não importa que a sua voz seja grossa e seu canto seja desafinado, o que importa é saber consolar os que choram.
Não importa o comprimento dos seus braços, mas o bem que eles fazem.
Não importa o perfil do seu corpo, mas a beleza do seu espírito.
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Ninguém me entende

Todo ser humano vive o medo, a solidão, a tristeza...
Quantas pessoas pensam que ninguém as entende e vivem uma solidão profunda! Mas não é verdade, porque Deus os entende. Nem eu me compreendo, como posso querer que o outro possa me entender?
Tenho trabalhado com jovens, e um grande problema que percebo neles é que se sentem sozinhos e incompreendidos.
Deus ama tanto este mundo que enviou o Seu próprio Filho para viver entre nós, para entender e compreender o que vivemos. Todo ser humano vive o medo, a solidão, a tristeza. Existe, porém, uma pessoa que nos compreende: Jesus Cristo. Ele nos entende porque também já viveu como nós. Para ilustrar isso, gostaria de contar uma historia:

Em uma loja de mascotes, um letreiro, no dia de Natal dizia: "Cachorrinhos à venda". Uma cachorra havia parido 5 cachorrinhos, os quais foram postos à venda na loja. Rapidamente, um menino entrou na loja perguntando qual o valor dos filhotes.
O dono lhe respondeu que custavam entre trinta e cinqüenta reais. Mas o menino tinha apenas treze reais. Mesmo assim, ele pediu ao dono da loja para ver os cachorrinhos e percebeu que um deles era manco. Então, o garoto disse ao homem que aquele era o mascote que ele queria comprar.
Pelo fato de o cachorro ter uma deficiência, o homem quis presentear o menino com o animalzinho. O menino, porém, não aceitou a doação, pois, para ele, o cachorrinho manco era tão valioso quanto os outros.
O dono da loja perguntou porque ele não levava o cachorro sadio. O garoto, então, levantou a calça, mostrou-lhe sua perna de metal e acrescentou: "Este cachorrinho doente precisa de alguém que o entenda".

Entender significa entrar na tenda, estar num lugar de proteção. Nós estamos na tenda de Deus, estamos num lugar íntimo, da segurança da casa de Deus, porque Ele nos entende e nos dá segurança. Você não está sozinho; você é entendido, tem um Sumo Sacerdote.

“Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses 3,3).

Você está escondido em Cristo Jesus. Quando chegar a tristeza, a angústia, ou quando o pecado bater à sua porta, lembre-se de que você está oculto na tenda de Deus.
Quando nós compreendemos esta realidade, não é o nosso exterior que muda, mas o nosso interior, porque sabemos que estamos dentro da tenda de Cristo Jesus e nos sentimos seguros, protegidos, entendidos. Assim como o cachorrinho seria compreendido pelo garoto que tinha a mesma doença que ele, Jesus, que viveu as mesmas situações que nós – menos o pecado – nos compreende.

A salvação é um presente de Deus. Hoje, você pode aproximar-se do trono da graça, o amor ilimitado de Jesus. A salvação sem o amor de Deus não vale nada para nós, porque Ele nos presenteou, pagou os nossos pecados. Ganhamos na loteria sem comprar bilhetes, porque Deus quer o melhor para nós.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ser ou Ter?
Nossa correria diária não nos deixa parar
para perceber se o que temos já não é
o suficiente para nossa vida.

Nos preocupamos muito em TER: ter isso,
ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo.

Os anos vão passando, quando nos damos
conta, esquecemos do mais importante
que é VIVER e SER FELIZ!

Muitas vezes para ser Feliz não é preciso
Ter, o mais importante na vida é SER.

As pessoas precisam parar de correr atrás
do Ter e começar a correr atrás do SER:
Ser Amigo, Ser Amado, Ser Gente.

Tenho certeza de que, quando SOMOS,
ficamos muito mais Felizes do que
quando Temos.

O SER leva uma vida para se conseguir e
o Ter muitas vezes conseguimos logo.

O SER não se acaba nem se perde com
o tempo, mas o Ter pode terminar logo.

O SER é eterno, o Ter é passageiro. Mesmo
que dure por muito tempo, pode não trazer
a Felicidade... E é aí que vem o vazio
na vida das pessoas...

Por isso, tente sempre SER e não Ter.
Assim você sentirá uma Felicidade
sem preço!

Espero que você deixe de cobrar o que
fez e o que não fez nos últimos anos e
que você tente o mais importante:

SER FELIZ

domingo, 10 de janeiro de 2010


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Para não falar mal dos outros

Aprendemos a usar o filtro triplo da verdade
Uma pessoa muito desejosa para mudar de vida se esforçava para não cometer os mesmos defeitos e pecados me segredou: _Padre o que faço para me controlar, não julgar e falar mal das pessoas?
Como esta nossa irmã temos muitos pequenos defeitos e vícios que precisam ser controlados através de uma firme e consciente luta interior. Por exemplo, falar mal dos outros revela o quanto somos inseguros, invejosos e muita imaturidade para trabalhar os relacionamentos e conflitos interiores.
Um segredo para crescer nas virtudes é a perseverança nas suas práticas e, isso requer sempre esforço, renuncia e oração, contando sempre com o auxilio do Divino Espírito Santo, nosso mestre de santidade. Eu lembrei desta historia, é bom fazer uma revisão dos nossos costumes:

Certa pessoa encontrou-se com o filosofo Sócrates e lhe disse: _ Tenho algo a lhe dizer sobre um amigo seu… Sócrates respondeu: _ Permita-me lhe propor passar pelo Filtro Triplo para aceitar seu comentário.
A pessoa disse claro que sim, o que é esse tal de filtro triplo?_ Para que eu te ousa falar algo de alguém, mesmo que não fosse meu amigo, teria que passar por um filtro de três condições.
A primeira é a VERDADE, você tem absoluta certeza de que, o que vai me falar é verdadeiro?_ O camarada respondeu: não, ouvi outra pessoa falar isso sobre seu amigo. _ Sócrates disse: então não tenho dever nenhum em te ouvir já que não tens a veracidade do que vais me falar, mesmo que a pessoa em questão não fosse digna de respeito. E continuou Sócrates, vou te revelar o segundo filtro para que eu pudesse te ouvir, já que a Verdade seria suficiente para não te escutar.
É o filtro da BONDADE. É bom para eu saber o que tens a me dizer sobre meu amigo? _ O homem respondeu: não é algo bom, é desagradável. _ Retrucou Sócrates: se não é verdadeiro e muito pior, para que me interessaria saber algo que poderia estragar o meu dia, não sendo verdadeiro nem bom. Mas vou te falar sobre o terceiro filtro para que as nossas conversas não sejam vazias e nada construtivas.
É o filtro da UTILIDADE, será para mim e para você algo útil, vai me servir para aumentar minha sabedoria e credito sobre meu amigo?_ O homem cosou a cabeça e disse: não acho que seja útil nem para mim nem para ti. _ Pois bem, disse Sócrates, a nossa conversa acaba por aqui, sabendo que, o que devemos acumular nesta vida é a Sabedoria.

Como seria bom se todas as nossas conversas passassem por este filtro, isso sem falar que falta um filtro preciosíssimo ao nosso caro filosofo Sócrates, o filtro da CARIDADE, ou seja, O AMOR FRATERNO, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o mestre dos mestres. Seu ensinamento foi simples, mas capaz de mudar o mundo.
Vejamos o que nos diz São João: “Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Ai está o critério para saber que somos da verdade; e com isto tranqüilizaremos na presença dele o nosso coração”. 1João 3,18-19

Mais do que uma filosofia o Amor é um principio de vida. Todas as outras práticas, respeito, verdade, bondade e utilidade, têm no amor o seu alicerce principal. Antes de tudo, faltam a nós esses passos do filtro triplo porque nos falta o amor, a compaixão. Ele é uma conquista, exige tempo, suor e muitas vezes lagrimas. È preciso saber perder, para ganhar, pois amar muitas vezes é renunciar, é esquecer de si, para que o outro venha pra fora, é aprender a promover o outro, e porque não dizer morrer, para que o outro viva.
Isso tudo nos ensinou Jesus, não um filosofo, mas um mestre da vida, do comportamento, do respeito humano, da qualidade de vida, da dignidade da pessoa, porque, antes de tudo nos ensinou que o AMOR é a única maneira de mudarmos o mundo a partir das pessoas. Faltam verdade, bondade e utilidade, porque antes de tudo falta-nos o amor, e todas as pessoas são capazes de amar. Podemos usar o filtro de Sócrates, mas acrescentamos à vida de Jesus, o amor.